quinta-feira, 19 de maio de 2011

Separar as águas

Hoje, muito mais cedo que o habitual, passei por este nosso cantinho, após ler o ultimo comentário que me foi deixado no artigo da lenha. Penso, para mim, que foi dos comentários mais construtivos que já tivemos.
Não me interessa se é de Anónimo, eu próprio o sou. E por aqui se prova, uma vez mais, que o que valem são as ideias.
O tal comentário chamou-me a atenção, além de outros motivos, pela necessidade de separar as águas e distinguir as coisas. Por vezes, no meio da confusão de emoções, as coisas tendem a parecer misturadas, quando não o são. Apesar de temos um copo com água e azeite, estes não se misturam (em condições normais). E é o que se passa e tem de passar aqui.
Mais uma vez faço notar que esta é a minha posição, não sou porta-voz de ninguém, mas também sei que é uma posição generalizada.
Há que separar claramente a população de Espinho, no geral, dos seus responsáveis da Junta que criaram ou aproveitaram a criação do problema. A população de Espinho não está minimamente em causa, por mim. Mesmo na passa segunda-feira quando foram receber o Bispo à passagem de nível, foram-no com toda a legitimidade, pois foi aí que os seus responsáveis da Junta lhes comunicaram que ele iria ser recebido. Da mesma forma que alguns habitantes de Moimenta, não tantos quanto os responsáveis de Espinho pretendiam para os seus fins, legitimamente lá estiveram. Note-se uma coisa, há no nosso grupo habitantes da freguesia de Espinho, e não são poucos. Vá-se à noite, ou final da tarde a cafés a Moimenta e há lá habitantes da freguesia de Espinho. Há habitantes de Moimenta que têm família em Espinho e vice-versa. Como tal, que fique claro que os alvos, não são, não foram nem serão o Povo de Espinho. São os responsáveis pela Junta, Assembleia de Freguesia incluída que compactuam com mentiras e enganos. Isto que fique claro de uma vez por todas.
Tenho visto comentários em vários sites, nomeadamente quando saiu a notícia divulgada pela Lusa aquando dos Censos, que é mais uma tentativa de dividir Portugal. Pelo contrário, é mais uma tentativa de o unir. É de todo o interesse de Moimenta e Espinho, e também do Concelho de Mangualde e do País que a situação se resolva. Para que o Povo possa trabalhar junto em prol de um bem comum. E aqui vem a total incapacidade da Câmara que assiste de Camaratore ao desenrolar das coisas, sem nada fazer, porque não lhes interessa. Porque ainda não tiveram o discernimento necessário para perceber que um Concelho forte se faz com o Povo que nele habita, não com praias artificiais, ou outra coisa qualquer, isso são acessórios. Mas a Câmara borrifa-se no povo, as Juntas (neste caso de Espinho) usa o Povo e visitas à sua Paróquia para tentar provocar confrontos.
Sei também que os ânimos se exaltam e por vezes se diz coisas que não se deveriam dizer nem, no fundo, se sentem. Não é com violência que se ganham causas. Nas Guerras nunca há vencedores. Como quem comentou no post, eu também já vi manifestações de vontade de ir à paulada para cima deles, até eu próprio possivelmente o referi, mas há que entender o contexto. Não estamos a falar do Povo de Espinho. Se fizerem uma busca, eu já a fiz, verão que algumas pessoas que fizeram referência do género têm amigos em Espinho e quase todos os dias convivem com eles. Por isso que fique claro, o Povo de Espinho é o Povo de Espinho, a Junta e a Câmara são os nossos "alvos".
A prova que há maneiras e caminhos mais inteligentes foi dada na passada segunda-feira. Se tivesse havido, como era intenção dos responsáveis de Espinho (não do Povo) algum tipo de manifestação menos pacífica, isso iria ser aproveitado para apontar dedos a Moimenta.
Ainda não conheci ninguém no Povo de Espinho que esteja agradado ou sequer concorde com a situação. Embora também igualmente haja gente em Moimenta deliciada. Mas o Povo não está me causa, para mim. Os responsáveis sim, a 100%.
Defendo também os meios legais para resolução dos mesmos, embora saibamos como são os meios legais em Portugal. Mas defendo também que deveria haver gente séria da Junta de Espinho que desse dois murros na mesa e a resolvesse, sem ser sequer necessário os meios legais. No entanto, é sempre preciso agitar águas, desculpem-me a expressão, mexer na merda, e esta tem-se revelado, até mais do que esperávamos.
Talvez uma boa solução para ambas as partes, e já que os dois Povos têm tanto em comum, seria os mesmos se unirem e exigirem a resolução da situação. Os responsáveis têm a obrigação e dever de seguir a vontade do Povo. Talvez seja uma solução, com tanta gente em Espinho desagradada com a situação.
E não se intimidem com as ameaças que vos soam, não passam de palavras que as leva o vento. Quando falam nestas ameaças, falo de quando responsáveis maiores ameaçarem ou cortar verbas, ou apoios, ou outra merda qualquer. Nem que seja vos ameaçar que se não preencherem os impressos depois vão a vossa cada com a GNR, como se isso fosse alguma vez legal ou possivel, ou como se a GNR fizesse parte desse conluío.
Pensem nisso, talvez a solução passe pela União dos dois Povos, que no fundo têm os mesmos sentimentos, e exijam a legalidade.
Um bem-haja a todos.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.