terça-feira, 17 de maio de 2011

Há quem vá à lenha... e volte queimado

Pois é meus amigos. Nunca um ditado foi tão acertado como hoje.
Finalmente, a tão aguardada visita do Senhor Bispo de Viseu à freguesia de Espinho começou. Congratulo-me pelo facto. A sério, ainda não estou a ser irónico, por enquanto! Vamos ver que vai sair daqui.
É sempre bom, numa comunidade católica, a Igreja estar junto dos seus paroquianos e interagir com eles. A Fé é a alma de um Povo. Obviamente, falo da verdadeira Fé, e não daqueles que vão ao Domingo à missa comer a hóstia e bater com a mão no peito, e depois cá fora sabe Deus. Esses são os "infiltrados", aqueles que só lá aparecem para mostrar aos vizinhos que são gente de bem. Não interessam.
Mas algo me chamou a atenção. O Senhor Bispo de Viseu, ao que sei, manda o protocolo deveria ser recebido ou na Igreja sede de paróquia ou na Junta de Freguesia. Não sei se o foi. Aquilo que sei, é que antes de entrar em terra, onde quem manda é a miséria que se sabe e a gatunagem que é pública, o Senhor Bispo teve de pisar solo puro. Eu explico: a visita é à freguesia de Espinho, mas antes de entrar no "Inferno" o Senhor Bispo teve de se purificar e fazer uma paragem às portas destes ainda dentro da freguesia de Moimenta de Maceira Dão. Para mim, na minha já conhecida bacoquice, só é explicável como um acto de purificação, antes de entrar em território de pecado.
Pecado não pelos seus habitantes, que na grande maioria são gente de bem, mas por quem governa as mesmas terras junto com quem finge fazer oposição.
Na sua imensa, mas paupérrima, estupidez, os responsáveis de Espinho acharam que seria uma maneira de "gozar" com a população de Moimenta de Maceira Dão, tentando marcar pontos, e usar o Senhor Bispo como se fosse um objecto para as divergências instaladas, receber o Bispo ainda em terras de Moimenta. Pois, meus amigos, vieram à lenha saíram queimados. É que, ao invés de gozarem com a gente de Moimenta, foram vocês que saíram gozados e humilhados. E sabeis bem porquê. Porque as pessoas de Moimenta são hospitaleiras, educadas e civilizadas. E deram uma lição disso tudo, indo cumprimentar ilustre elemento da Igreja, que fez o favor de parar, antes de visitar o vosso covil, ainda em Moimenta de Maceira Dão.
Por mais que agora possam vir argumentar, desviar atenções, dizer seja o que seja, a verdade, e vós sabeis bem, é que vieram para gozar e foram pelo mesmo caminho. Só que o percorreram em dobro. Além de serem gozados, foram humilhados perante tão distinto representante da Igreja Católica. E isso ficará para sempre registado na História.
É por estas e por outras, que me orgulho de me associar ao povo de Moimenta, apesar de não ser Moimentense de nascença, sinto-me cada vez mais Moimentense de alma, e que me perdoem os Moimentenses a ousadia, pois não sei se sou digno de tal. Mas uma população, ou parte dela que a representou, que deu tal lição de civilização e de mostrar que se querem gozar vão gozar os vossos porcos, que já está provado são seres superiores a vós mesmos, é uma população que merece o respeito de todo o Ser Humano.
Só faltou lá mesmo o nosso querido João Azevedo, é que assim ficava o ramalhete completo.
Ao povo de Moimenta "tiro o meu chapéu", a vossa atitude além de louvar, foi de génio.
Bem-hajam e vão pra dentro que vai chover. Além disso o Bispo voltará a Moimenta para se purificar, pois terá de gastar litros de água benta, depois de cumprimentar aquelas coisas que se dizem responsáveis pela freguesia de Espinho, mas nem sequer são o Espelho da sua população, porque a população de Espinho, no geral, é também gente séria, vós que a governais não o são, e está mais que provado.

6 comentários:

  1. Boa Tarde Caro Amigo de Moimenta de Maceira Dão.
    Eu, como você, partilho da mesma paixão fervorosa pela terra que é Moimenta de Maceira Dão.
    No entanto venho aqui apresentar a minha visão do que se passou ontem, não coincidindo esta, com o que se faz transparecer neste seu ultimo post “Há quem vá à lenha... e volte queimado”.
    Para defender a minha visão, vou realizar a minha argumentação a luz dos seguintes factos:
    1º Era do conhecimento de todos os internautas que o Srº Bispo iria ser recepcionado pela freguesia de Espinho, à entrada da paróquia, junto à estação de Moimenta-Alcafache as 17H50 do dia 16-05-2011. Esta informação encontra-se disponibilizada para consulta no site Espinho-NET, tendo o post, da agenda da visita pastoral do Srº Bispo à freguesia de Espinho, sido publicado no dia 03-05-2011.
    2º O numero de pessoas que prestou vigília, tendo em vista a manutenção e defesa da integridade dos limites da freguesia de Moimenta de Maceira Dão, era deveras insignificante, face ao numero de habitantes e amigos da mesma.
    3º O numero de habitantes, da Rua Estação Fruteira eram poucos ou nenhuns.

    Questões:

    Como é que a informação disponibilizada no portal Espinho-Net não foi publicitada, levando a mobilização da população de Moimenta de Maceira Dão, de forma a evitar que o mesmo povo fosse enxuvalhado pelos habitantes de Espinho.
    O que resta salientar, é que os habitantes de Espinho fizeram prevalecer a sua vontade, não tendo qualquer pudor ou impedimento em receber o Srº Bispo em terras de Moimenta de Maceira Dão sem qualquer tipo de táctica ou mobilização da população de Moimenta de Maceira Dão.

    Parece-me que este povo e seus representantes andam a gastar demasiadas energias num mundo virtual, não se conseguindo libertar de certos paradigmas, em que é necessário manter a população informada, implicada e motivada para a defesa dos seus interesses.
    A critica por si só, faz agonizar mais os ânimos e extremar mais as posições.

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  2. Caro amigo,

    Há argumentos que apenas os habitantes de Moimenta poderão responder, pois não sou nem pretendo ser porta-voz dos mesmos. Apresento a minha visão das coisas, tal como as entendo.
    Quanto a vígília, não sei se se poderá chamar de tal, aparte disso a informação vinculada não era propriamente aquilo que se passou.
    Em 2º lugar, é meu entender, e isso para mim é que é vergonhoso, dois pontos: receber um Bispo numa passagem de nível, e é claro para todos que isto foi feito para provocação das pessoas de Moimenta de Maceira Dão. Daí esperarem que mais pessoas lá estivessem, na esperança que desse confusão. Daí, mantenho o meu "ir à lenha e sair queimado".
    A crítica por sí só pode agonizar os ânimos, mas também se os dirigentes de Espinho, sem excepção, fossem gente séria já teriam resolvido a situação e mais, não teriam estas acções lamentáveis de provocação, que só lhes coloca o rótulo de rufias. Não se recebe um Bispo numa passagem de nível, e muito menos se toma os outros por parvos. Esta é a minha opinião, não tomando a posição de porta-voz de Moimenta.
    Quanto a se gastar energias no mundo virtual, garanto-lhe que não é apenas no virtual, o real anda a mexer e em breve mexerá bastante mais, mas uma coisa lhe garanto, o virtual tem uma vantagem: mostra ao Mundo o que os dirigentes políticos de Espinho são, na realidade.

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  3. Há quem vá à lenha... e volte queimado

    Bem parecem ser palavras de um incendiário como o senhor o parece ser, que com os seus argumentos e pela maneira que expõe o problema mais parece que anda a incendiar a população dos dois povos. Se há questões como esta para serem resolvidas, assim nunca o serão. Há sítios apropriados para o serem e parece que os Moimentenses não sabem resolver os seus próprios problemas de seu interesse. Então vêm para os cafés, para as ruas, para a net achincalhar a população da linda, da grande, da empreendedora, da de boa gente como o é a freguesia de ESPINHO.

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  4. Pois é, meu caro anónimo. Sabe que há dois tipos de incendiários, os criminosos e os que fazem contra-fogos para acabar com os incêndios.
    V. Exa. deve ser dos primeiros, além de não ter o mínimo de conhecimento da questão. A boa gente da freguesia de Espinho não está, nem nunca esteve em questão. São os incompetentes que estão na Junta de Freguesia e na Mesa da Assembleia Geral que não são pessoas honestas.
    Mas afinal, parece que tinha razão. A vossa intenção foi uma, sairam-se mal. Mas uma coisa lhe garanto, as questões serão resolvidas. Disso pode ficar com a certeza!

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  5. Como habitante da Freguesia de Espinho acho que é lamentável toda esta situação, uma coisa é certa as sucessivas Juntas de Freguesia de Espinho nunca se preocuparam com os habitantes dessa "zona em conflito", foi sempre a Junta de Freguesia de Moimenta que efectou as obras necessárias ao desenvolvimento da mesma. Não concordo e acho desnecessária todos estes desenvolvimentos que só servem para criar ódios e vinganças entre os dois povos. Usem todas as formas Legais ao vosso alcance mas não afrontem o Povo da Freguesia de ESPINHO, porque como o Sr diz e é bem verdade o mundo "virtual tem uma vantagem", não usem essa vantagem para fazer ameaças, e não a usem especialmente para faltas de educação, (como já vi em alguns "facebooks" e portais da net) as coisas não se resolvem à "pancada".

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  6. Meu caro,
    Concordo com o exposto, em todas as suas vertentes. Se tiver a paciência de ler todo o blogue, verificará que nunca defendi "pancadas". A violência nunca levou nem leva a lado nenhum. Sempre tentei, não sei se com sucesso separar as águas entre os habitantes de Espinho e a sua Junta de Freguesia. Tanto em Espinho como em Moimenta há gente boa e gente menos boa. Não são, nem nunca foram os habitantes que estiveram ou estão em causa. Os meios legais estão, foram e serão usados. Mas outros valores se levantam, porque nós todos sabemos que os meios legais neste País são aquilo que são.
    Já conheci vários habitantes de Espinho e considero-os tanto como a habitantes de Moimenta.
    No entanto, é necessário agitar águas, para sair desse triãngulo de conspiração que desde há décadas surge na zona. Hoje é Moimenta afecta amanhã poderão ser vós.
    Os habitantes de Espinho que foram receber o Bispo, não estão sequer em questão, note-se. Estes foram onde as "autoridades" noticiaram a sua recepção. Não são, repito, os habitantes de Espinho em questão. O único "alvo" em Espinho são os seus representantes que nunca fizeram nada e pouco fizeram por Espinho. Estes deviam estar a fazer algo pela sua população e não tentar anexar o que não é deles.
    Não defendo a violência, nunca a defendi, embora não a recuse se necessário, mas nunca contra uma população que não é tida nem achadda na contenda. Aliás, pelo que tenho contactado com habitantes de Espinho eles próprios têm a sua opinião e não se revêem nas posições de quem os "dirige". Como tal, não é minha, e estou certo não é intenção das pessoas de Moimenta, afrontar o Povo de Espinho. É minha intenção afrontar os responsáveis apenas. Que fique claro de uma vez.
    Há toda a vantagem em que as várias freguesias deste País, não só daí, trabalhem em conjunto. Isso torna-se mais necessário em zonas "desprezadas" pelo Poder Nacional. Mas esse trabalho defendo que deve ser feito pelo Povo das diversas freguesias, porque afinal somos todos Portugueses. O Povo de Espinho, confio nisso, são pessoas sérias e trabalhadoras e nunca os coloquei em causa, e se deixei essa impressão peço imediatamente desculpa. Os únicos energumenos são os seus responsáveis, que no momento apenas dão uma má imagem da freguesia e tentam "embrulhar" o Povo com eles usando até um Bispo, que a mim não me diz muito, mas sei que na zona é algo demasiado importante. Espero ter sido claro e não ter deixado dúvidas da minha posição. Cumprimentos.

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