domingo, 22 de maio de 2011

Prudência e Razão

Hoje, da primeira vez que acedi ao Facebook, deparei-me com a notícia do "acto de vandalismo" praticado na casa mortuária de Moimenta de Maceira Dão. Ao que consegui apurar um vidro partido.
Não tendo pormenores mais concretos sobre o caso, não posso especular demasiado. Não sei a que altura está o vidro, o tipo de rua para onde dá, etc. Pormenores que, por vezes, são importantes.
No entanto, o que me faz vir a este cantinho e referir o facto é, e somente na minha opinião, algum clima de suspeição que se possa ter gerado sobre o caso.
Ao que consegui apurar apenas o vidro foi partido, nada tendo sido roubado nem havendo nada mais partido. Mas, diz-me a experiência, que poderá passar pela cabeça de algumas pessoas suspeições, mais ou menos fundamentadas e que gostaria de deixar alguns pontos de vista, quanto a mim, que devem ser tidos em conta.
Temos dois cenários, ou até mais, mas vamos cingir-nos a apenas dois. Ou terá algo a ver com a contenda ou não. E leiam até ao fim, que vou tentar explicar o meu ponto de vista. Isto antes que comecem algumas mentes aos saltos.
Comecemos pelo segundo cenário, pode ter sido apenas um acidente ou um acto isolado de vandalismo. Infelizmente, nos últimos tempos temos actos isolados de vandalismo pelo País todo, muitas vezes sem razão aparente de ser, apenas pelo puro prazer de vandalizar. Ou pode ter sido um acidente, não sei se o local é propício a isso, pode ter sido, apesar de haver em Moimenta infra-estruturas próprias, uma criança com uma bola, alguém com um varão para colocar o cortinado na sala que sem querer o partiu, pode ter sido mil e uma causas de acidente. Não sei. Como referi sem ver o local, altura a que está o vidro, para onde caíram os estilhaços, etc, etc, etc, é-me impossivel dizê-lo.
Depois, vamos ao primeiro cenário. Este requer uma explanação maior, mas vou tentar não me alongar. Sei que é um cenário que, decerto, passou pela cabeça de alguns. Que tivesse algo a ver com a contenda, não acho que seja sequer uma guerra, que travam as duas freguesias. Pode ser. No entanto, para vos ser completamente honesto não acredito que qualquer um dos responsáveis do "outro lado da barricada" o fizesse ou o mandasse fazer. Não acredito, pronto. Pode haver muita guerra de palavras, muito combate de bastidores, mas neste caso particular, mesmo sem ver o local, não acredito nisso. Que fique claro.
Há vários motivos para eu fazer esta afirmação, que não vou colocar aqui, até porque alguns desses motivos poderiam dar ideias a alguém, e já vão perceber porquê.
Mas vamos supôr que o acto, é uma tentativa de provocação devido à contenda das duas freguesias. Partamos desse princípio, só para chegarmos onde pretendo. Nunca se esqueçam que numa batalha, contenda, guerra, ou como lhe queiram chamar, nunca há apenas 2 partes envolvidas. Há sempre no mínimo 3, sendo normalmente 4. Passo a explicar, há sempre 2 partes em conflito, um lado e outro, e depois outras duas partes, uma que ganha com esse conflito, por exemplo numa Guerra, daquelas à séria, que é normalmente os que vendem as armas e munições e os que alimentam as tropas e lhes dão abrigo em troco de dinheiro ou protecção. Depois, poderá haver uma quarta parte, que normalmente ganha com essa mesma Guerra por motivos pessoais.
Vamos a dois exemplos, bem conhecidos de todos: Irão vs. Iraque, e MPLA vs. UNITA (este último em Angola). Nenhum destes dois conflitos o foi, na realidade, entre os dois povos em questão. Aliás, no último era apenas um Povo. Não vou cometer nenhuma confidência, até porque os factos são conhecidos, que atrás de tudo isto estavam os Estados Unidos e a ex-União Soviética. Nos tempos da Guerra Fria, uns alimentavam um dos lados do conflito, o outro o outro lado do conflito. Foi, no fundo, uma maneira das duas Nações se combaterem, sem causar o desastre que seria um confronto directo, e ao mesmo tempo, uma maneira de ganhar dinheiro com fornecimento de armamento, e no último caso em Angola uma maneira de sacar, especialmente, diamantes, no primeiro, o petróleo. E neste jogo de interesses, viram-se envolvidos dois lados numa Guerra que nem sequer era deles, mas fomentada por outros.
Não estou a dizer que é o que se passou, até porque como referi não conheço detalhes. Mas achei prudente vir deixar uma chamada de atenção. Se nada mais se passar, foi apenas um acto isolado. Agora, e dirijo-me tanto à população como responsáveis de Espinho e Moimenta. Se mais casos houver, seja de um lado seja de outro, tenham atenção. Alguém vos poderá andar a querer tramar e colocar as Juntas em Guerra aberta. Digo as Juntas, porque já vimos que quanto às populações não se passa nada. Somos, na maioria amigos, alguns familiares, e essa matéria já foi mais que explicada.
No entanto, há sempre gente de fora, pronta a aproveitar-se de pequenos conflitos locais para causar estragos e ganhar algo com isso. Por isso eu achar necessário, visto que este blogue tanto é lido em Espinho como em Moimenta, tanto por responsáveis como pela população em geral.
E, principalmente aos responsáveis, tanto de uma freguesia como da outra, estejam atentos. Pelo que conheço dos dois lados, pode haver muitas palavras ditas, muitos dedos apontados, e continuamos a falar de Juntas, que fique claro, mas actos assim, não vejo ninguém capaz de o fazer. Até porque seria demasiado óbvio, demasiado estúpido. Mas pode haver, interesses terceiros e até quartos em que se julgue que actos que possam surgir sejam, de alguma forma, alguma retaliação pelas diligências realizadas, e pela guerra de palavras que tem havido e de alguns actos estupidos de colocar mal-vista a população, no caso, de Moimenta, como foi a tal passagem de nível.
Portanto, espero ter sido claro e conseguido a vossa atenção. Pensem nisso. Eu não pretendo ter a razão, mal de mim se a tivesse toda, mas diz-me a experiência que tanto pode ter sido um "outsider" que lá passou e decidiu partir aquele vidro, como poderia ter sido outro vidro, como pode ter sido um acidente, ou como pode ter sido uma tentativa estúpida de levantar uma Guerra onde ela não existe para tirar benefícios e proveitos disso. Não acredito, repito, que tenha sido um acto de vandalismo prepertado ao abrigo dos responsáveis de Espinho. Não o fariam.
De qualquer forma, se acham que não foi acidente, têm sempre o recurso à GNR de Mangualde, nomeadamente ao NIC, que tem excelentes profissionais e que só eles têm competência para averiguar o que se passou. Tentem manter a mente aberta, e não fazer juízos precipitados, pois podem estar a cair numa teia criada por uma outra aranha. E nisto, dirijo-me às duas Juntas. Se, nos próximos dias, acontecer algo estranho seja em Espinho ou Moimenta, o meu conselho é que não se deixem cair na teia e se dirijam de imediato ao NIC de Mangualde, e cooperem o máximo possivel com os mesmos. São excelentes profissionais e pessoas. Se foi apenas um acidente, paciência, coloca-se outro vidro. Se foi um "outsider", então dêem-lhe um tempero de sal grosso. Mas tomem atenção a teias que podem querer envolver-vos a um nível mais elevado. Não se deixem ir na cantiga.
Por fim, resta-me terminar, por deixar uma pergunta no ar: se, como foi referido, o pedido formal de alteração dos limites de Moimenta já foi efectuado, vai demorar muito a apreciar, ou estão à espera que caia no esquecimento. É que nós temos memória de elefante, e não é preciso muito tempo para assinar a papelada. Até pode ser no "tasco" da esquina, não precisam fazê-lo com pompa e circunstância. Tem é de ser feito imediatamente, e não venham com joguinhos de apreciações, e deliberações. Se for preciso, trabalhem, porque é para isso que vos pagam. Assinem lá os papéis que o pessoal, não tarda, quer é ir à praia.
Bem-hajam e resto de bom fim de semana.

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