sábado, 2 de abril de 2011

Primeiro balanço

Hoje, como não tive muito que fazer, e o resultado da volta pelo supermercado foi o já obervado no post anterior, resolvi passar em revista o blogue desde o seu início.
Confesso que fiquei embaraçado com alguns erros ortográficos, ou melhor dizendo, erros de digitação, mas do mal o menos, o significado ficou lá.
Há algumas imprecisões nalguns pormenores, embora nada que afecte o objecto de discussão principal. Embora com tempo limitado, tenho consultado alguns documentos e páginas disponibilizadas, recolhido algumas informações, trocado algumas impressões, e penso que chegou a altura de fazer o meu primeiro balanço. Digo o meu, porque isto é uma opinião muito pessoal, baseada nos factos que constatei e que os vários envolvidos na questão me fizeram chegar. Quando falo nos vários envolvidos, falo mesmo em vários, seja de um lado, seja do outro. Sim, podem espantar-se, há gente do "outro lado" que também anda intrigada com a coisa e até sugeriu algumas das suposições por mim apresentadas.
Consta de, pelo menos, um mapa com alguns anos a divisão da povoação de Moimenta de Maceira Dão, pelo traçado que consta na CAOP. Já vimos em posts e notícias anteriores, marcadamente noticiadas pelo País que afinal os mapas da CAOP não são assim tão precisos e oficiais quanto se pensa, basta ver as notícias de Pombal e, salvo erro, Cantanhede, para ver que há traçados na CAOP que não estão correctos. Também por informação disponibilizada pelo IGP e outras fontes, a mudança de delimitação de freguesias fica sujeita a uma série de aprovações que vão desde as Juntas, passando por Câmaras até chegar ao Governo Central, tornando-se estas efectivas após todo o procedimento legal e sua publicação no Diário da República.
Diga-se o que se disser, isto não foi feito. Se o fosse as pessoas foram dos limites de Moimenta de Maceira Dão teriam há anos nos seus BIs, Cartões de Cidadão, etc., como Freguesia Espinho. Nisso, penso que qualquer um com um QI mínimo de 10 concordará.
Agora vem a primeira tentativa de se criar um bote de salvamente para as "ilegalidades" cometidas. É que uma localidade não pode pertencer a mais que uma freguesia, é do senso comum, não é preciso consultar sequer a legislação. Como tal, detectado o erro, ao fim de algum tempo, e antes que dessem por ela, foi pensada a criação da tal povoação que nunca existiu "Alcafache-Gare". Assim, já não haveria lugar a "ilegalidades" ou, no mínimo, dualidades. A localidade de Moimenta de Maceira Dão ficaria na sua própria freguesia e a "nova" localidade ficaria noutra, não dando assim azo a contestações por a mesma localidade ter 2 freguesias distintas, algo que não pode suceder, a menos que passe a ter outro nome.
Quanto ao facto, colocado, de que os responsáveis quando tomam posse terem conhecimento dos limites que lhes são atribuídos, eles poderão responder melhor que eu, o mesmo tanto é válido para Moimenta como para Espinho, mas só deixo no ar a pergunta: se era mais do que sabido, por quem lá vive, que em todos os documentos tem Moimenta de Maceira Dão, a questão nem se colocava. Já não quero ir pela parte que tudo foi feito "na calada da noite", até porque pode ter sido feito de dia.
Agora: a quem interessa esta divisão, e porque interessa tanto ao ponto de não fazer as coisas às claras e como mandam as regras? Ainda não tenho uma resposta tão clara que possa apresentar aqui. A quem interessa as "guerras" entre amigos? Sim, porque sei de muita gente de Moimenta que tem amigos e família (quiçá) em Espinho e vice-versa. Como tal, esta não é uma guerra entre pessoas mas entre interesses e interesses políticos, isso é mais que óbvio. O que está em questão aqui não são, nem nunca foram, os habitantes sejam de um lado ou de outro. Mas a alguém interessa fazer pensar que sim.
Quanto ao Livro de Ouro da Cidade de Mangualde, ao que sei custou 47 mil euros, que também ao que me foi informado já pago na totalidade pela Câmara, que nunca recebeu o referido livro. O responsável  pela sua execução reside (ou residia) na zona do Porto, algo que estranho porque há excelentes profissionais em Mangualde, continuo sem perceber porque se vai fazer tudo fora. A Câmara já o tentou contactar e este nem se dignou a levantar a carta nos correios. O caso está em Tribunal e esperamos todos que sejam apuradas responsabilidades, sejam elas quais forem. Como nota final o livro foi encomendado pelo anterior Presidente da Câmara de Mangualde, Soares Marques. Não lhe atribuo culpas nem lhas retiro, porque a Justiça dirá o que se passou, sinceramente não sei. Apenas acho que o anterior Presidente da Câmara poderia ter recorrido a profissionais da zona em vez de ir ao Porto em busca de profissionais. Se é algo que dignificaria o Concelho, nada melhor que ser efectuado por quem o conheça bem. A ver vamos.
Para segundo balanço ficará o tal aumento de radiações na zona de Mangualde, ainda antes do desastre nuclear do Japão, e o aumento súbito no aumento de combustível, bem como do tal Instituto que o não é.
Bem hajam, e aproveitem o resto do Domingo.

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