sábado, 2 de abril de 2011

Os animais acima dos Humanos

Hoje só aqui passei para desabafar. Por vezes precisamos extravazar o que nos vai na alma.
Acabei de chegar do Supermercado onde, realmente, pude constantar a evolução nos cuidados para com os animais domésticos. Eu já sabia, desde algum tempo, que havia variadíssimas variedades de comida para gatos e cães, consoante forem maiores, menores, para abrilhantar o pelo, aumentar o tempo médio de vida, etc., mas sempre constatei que a mesma vinha ou em latas ou em sacos, de formato mais ou menos idêntico apenas distinguíveis pelo desenho na embalagem e indicação do fabricante. Embora nunca tenha percebido, por exemplo, quando a ração diz para cães dos 5 aos 7 anos, se é ao tempo que temos o cão ou desde que este nasceu. Acho que foi uma das razões para que nunca tive cães.
Mas hoje, confesso, fiquei surpreendido. Normalmente a volta é sempre a mesma, deambulando pelos corredores do supermercado, na esperança que a lista que levo na memória, já fraca, seja avidada pela imagem de um produto que realmente necessito. Mas hoje reparei que afinal os supermercados hoje em dia, se preocupam mais com os animais que comigo mesmo. Passei na secção das salsichas e verifiquei, com grande espanto, que a maioria ou dizia "Salsichas para Cachorro" ou "Salsichas Especiais para Cachorro", não  tendo sequer encontrado salsichar para humanos. Fiquei-me pela tão essencial latinha de atum. Depois, comecei a pensar que o atum só por si merecia pelo menos um condimento, um molho, algo que alegrasse o prato. Passei no corredor dos temperos e não é que, para grande espanto meu, vejo numa das prateleiras "Mostarda para Cachorros" e "Mostarda de Dijón Especial para Cachorros". Ups, mas e mostarda para mim? Parece que não havia. Mas também pensei que atum com mostarda não ficaria muito bem, pelo que optei por trazer uma garrafinha de azeite e pronto. E claro está, como nesse mesmo Supermercado dizem que de 30 em 30 minutos sai pão quente, dirigi-me à secção do pão aguardando com alguma ansiedade que se passassem os tais 30 minutos da ordem, para ter com que comer o atum. Passados alguns minutos, perguntei a uma empregada que passava se o pão demoraria. Respondeu-me que tinham uma avaria no forno e só dispunham "daquele pão" apontando o indicador na direcção de uma série de prateleira onde se prefilavam embalagens de plástico com algo dentro, parecido com bolicaos, mas sem o chocolate. Apressei-me a pegar numa e qual não foi o meu espanto quando vejo na embalagem: "Pão especial para cachorro!". Ora bolas, será que o dono do Supermercado é do Greenpeace ou então faz criação de cachorros e compra comida por atacado para sair mais barato?
Resumindo e concluindo, fiquei fulo da vida com a falta de consideração que certas pessoas têm por humanos, e claro está, em sinal de protesto voltei para casa sem comprar nada. Acabei por comer uma sopinha, que penso até me fez bem melhor. Mas nunca mais volto àquele supermercado, eu nem cachorro tenho!

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