domingo, 19 de junho de 2011

Pioneiros

Há algum tempo que sinto este nosso "cantinho" deserto. Mas confesso-vos que pouco mais resta a dizer, que não seja repetir tudo o que já foi apresentado em relação aos limites de Moimenta de Maceira Dão.
Todos sabemos o quão "menos sérios" alguns responsáveis, e não só, da freguesia de Espinho-Mangualde são, é mais que óbvio, por isso, tudo o que se possa dizer mais é continuar a "bater no ceguinho". Estou certo que as coisas se resolverão, de uma maneira ou de outra. Moimenta será, em breve, onde sempre foi.
Dito isto, quero apenas deixar uma nota sobre o próximo Governo, que tomará posse já na terça-feira, em tempo recorde.
Confesso que, como sempre disse, não sou analista, nem nada que se pareça, apenas dou a minha modesta e "bacoca" opinião, por isso, talvez não seja para levarem a sério. Tomem como um desabafo.
Mas esta formação de Governo, em tempo recorde, prova que, quando queremos, conseguimos fazer as coisas. É óbvio, e não sejamos ingénuos, que já antes das eleições conversações houveram, e isso também demonstra que há algum trabalho de preparação, e visão do que vem a seguir. Também é público que me agradou o resultado eleitoral, nunca o neguei. Agradou pelo facto de ter duas forças políticas, embora idênticas nalguns pontos, juntas no Governo. Para mim, sempre é melhor que apenas uma força. Mas isto é apenas uma opinião muito pessoal, há algo mais que me importa. Também já me confessei "adepto" de António José Seguro à frente do PS, portanto não me venham acusar de ser filiado em qualquer partido. Apenas me agrada gente séria.
Umas das coisas que me "saltou à vista" foi a juventude desta equipa governativa, que muitos criticam. Mas afinal o que precisamos não é de novas ideias? Está provado que as "velhas ideias" sempre nos levaram ao abismo. Depois, temos quatro independentes. Também sei que alguns recusaram convites, obviamente, o que se avizinha não é fácil e iria "queimar" ainda mais a sua imagem. Foi bom que recusassem. O que vem aí não é fácil, mas é possível. Eu acredito.
Portugal sempre foi capaz de dar a volta em tempos difíceis, fossem eles económicos, sociais, políticos, de invasores físicos, ou neste caso psíquicos, venham eles! Sempre fomos pioneiros em muitos campos, para não dizer em todos, como sempre referi basta fazerem uma busca nas grandes conquistas mundiais até à data e encontrarão algum português no meio de tudo. Mas, muito pessoalmente, acho que deveriamos ser pioneiros numa nova forma de política, a honesta. E deveríamos começar por abolir o termo Oposição. É que já de si, vem com muita coisa a reboque. O termo em si já denota que quem não está a Governar, está na Oposição, ou seja, é contra, "por oposição a". Mas porque raio, quem não está no Governo há-de ser contra?! Não pode ser a favor? Aliás, suporta esta afirmação, que quando um partido na "Oposição" até está a favor, normalmente abstém-se, que é para não dar "parte fraca". Ora, o que precisamos é de um trabalho de equipa. Tal como costumo dizer, agora não se trata de se o Porto, Benfica ou Sporting, ou mesmo o Braga, ganham o campeonato, trata-se da Selecção Nacional. Goste-se ou não de determinado jogador, esteja o nosso jogador de eleição no banco ou a jogar e a marcar, é de uma equipa que se trata. Em 2004, todo um País se mobilizou por meia dúzia de jogos de futebol, porque não agora quando o que está em questão é o nosso Presente e Futuro e dos que virão a seguir a nós? Porque não trocar ideias de uma forma saudável?! Até se pode dar o caso de quem não está dentro da máquina governamental ter uma ideia melhor, e porque não aproveitá-la? Fica o repto!
Depois, fala-se muito que alguns não têm experiência governativa. Ainda bem! Ao longo destes anos, muitos com a dita experiência governaram(-se) e deu no que deu. Precisamos de "sangue novo", de ideias novas. Porque há-de, por exemplo, o Ministro da Saúde ser um médico?! Por perceber muito de saúde? Então, pela mesma lógica, ponhamos um doente. Ou na educação ponhamos um estudante, e por aí fora. Precisamos de quem saiba aquilo que faz, de técnicos bem qualificados e "com eles no sítio", inclusivé para combater essas máfias instaladas de bancários, Uniões Europeias e as suas quotas absurdas. Mas precisamos, essencialmente, de quem saiba ouvir o Povo, de quem eles se esquecem que também fazem parte.
Como disse o Presidente da República, "há limites para os sacrifícios a pedir aos Portugueses", e há que saber cortar onde se deve. O exemplo vem de cima, como disse Frei Ventura "quando o Povo passa fome, o Rei não pode comer faisão!", esta é a essência de tudo.
O Povo está mais atento que nunca, e mais informado que nunca. Claro que o contexto internacional não é favorável, mas talvez seja a hora de sermos nós, Portugueses, a mostrar ao Mundo como se faz. Sempre copiámos modelos de outros Países, e viu-se no que deu. Esqueçamos tudo o que aprendemos até hoje, e sejamos inovadores. Se há 500 anos demos novos Mundos ao Mundo, porque não fazê-lo de novo?
Bem-hajam e dêem um pulinho até à praia, que hoje o Tony vai na carreira.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.