domingo, 12 de junho de 2011

O fundo do poço

Hoje, como não tenho mais o que fazer quero só deixar duas notas breves. Para tal, vamos ao links de apoio, a que já nos habituámos:

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/pme-interior-fundos-comunitarios-agencia-financeira-cavaco/1259744-1730.html

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/estudar-escola-criancas-crise-contas-agencia-financeira/1259750-1730.html

O primeiro remete-nos para os apoios que deveriam ter sido dados ao interior do País e que, ao que parece, evaporaram.
O segundo remete para mais do mesmo, crianças que deixam de estudar para ajudar a pagar as contas em casa.
Parece que estamos quase no fundo do poço. Isto só será bom, porque talvez possamos assim dar o impulso para virmos ao cimo de água, e com um pouco mais de esforço sair do poço.
Mas imagine-se o que é privar um filho de estudar porque não se pode sustentar tal "luxo". A escolaridade obrigatória passou para o 12º ano, criou-se as Novas Oportunidades, que no fundo não passam de uma treta pegada, mas esqueceram-se das Simples Oportunidades de dar às pessoas o básico para se viver.
No primeiro caso, 60 mil milhões de euros, que deveriam servir para dinamizar o interior do País, evaporaram. Se calhar foi por isso que a tal linha do soluço está onde está, não foi soluço, foi susto, ou então para poupar tinta cortou-se a direito.
Como diz a notícia, a única sanção para a gestão danosa dos políticos é perderem as eleições, e depois até podem ir para Paris estudar Filosofia.
Agora vem o FMI, para re-financiar os que mais tinham e continuam a ter. Mas alguém já pensou que aumentando os impostos as receitas irão baixar? Já falei sobre isso, é básico, se já com os impostos que temos a taxa de incumprimento é enorme, imagine-se com taxas maiores. Note-se que a maior percentagem de incumprimento, é única e exclusivamente por falta de liquidez. Não sei o que se aprende nas Faculdades de Economia, mas ou é de mim ou alguém não sabe fazer contas.
Estamos a bater no fundo do poço, fala-se em milhões que vão chegar, mas só se ouve falar em financiamentos da banca, pagamentos de juros, etc. De resto, pouco ou nada.
Continua-se a abandonar ao longo dos anos tudo o que é fora dos grandes centros, e por grandes centros fala-se de Lisboa e Porto, e como verificamos na segunda notícia até já esses estão a ser abandonados.
Só quero deixar uma pergunta: para quando uma investigação séria e independente às contas do País e à responsabilização séria da classe política? É que o Povo não é parvo, já percebeu que para a maioria viver quase na linha da miséria, sem empregos, com uma economia deplorável, outros têm de ter os fundilhos das calças bem recheados. E alguma classe política demite-se das suas responsabilidades, até como todos nós sabemos, que até parece que nem existem.
Espero que, agora que estamos a bater no fundo do poço, aproveitemos o impulso para vir ao de cimo, ou então, arrestemos para o fundo quem nos empurrou para baixo.
Um País onde não se dá valor aos idosos (não se aprende com o passado), nem se preocupa com as crianças (investindo no futuro), quase chega a não ter presente.
Bem-hajam.

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