terça-feira, 7 de junho de 2011

Extremismos!!!

Desta é que vai ser! Se eu já tinha "a cabeça a prémio", agora vai ser o corpo todo. Mas que se lixe, eu até gosto.
Há uma coisa que sempre me fez muita confusão, é sabido, escusam de o vir afirmar que tudo me faz confusão. Não é tudo, mas é quase! Mas essa coisa são os extremismos. Sejam eles religiosos, políticos, clubisticos, etc. Tudo o que seja de extremos, preocupa-me. Por alguma razão o Universo se encontra em equilibrio. A famosa luta do bem contra o mal, da matéria e anti-matéria, dos electrões e dos protões, tudo depende do equilibrio. E esse é a base da vida, mas isto digo eu, que nada sei.
É sabido e notório que de política percebo tanto como de futebol, ou seja nada. Mas dá-me a parecer que é um pouco mais do mesmo. Não compreendo aquelas coisas dos apedrejamentos de autocarros quando clubes rivais se defrontam, da mesma forma que quando partidos rivais o fazem. Acho estúpido, pronto! Mas agora é mais do mesmo. Veja-se que a "ampulheta" virou, e agora as frases são as mesmas mas a areia é outra. Ainda nem o novo Governo tomou posse, já vozes se insurgem, ainda sem sequer saberem quem são os elementos concretos desse Governo. Também confesso que "torci" para que o resultado das eleições fossem estes, é verdade e público, mas por uma questão de coerência. Da mesma forma que "torço" que António José Seguro avance para a liderança do PS. Tenho-o em conta de pessoa séria, e é sempre bom termos, em lugares de decisão, gente séria. Não, não estou a ser irónico.
Outra coisa que me transcende é as Greves. De um direito passou a um dever. É óbvio que tem de haver o direito à Greve, mas quantos já analisaram friamente o que é exigido e analisaram as consequências ou ónus de cada Greve? Será que este é o momento para Greves? É que o Sócrates já foi, o Passos ainda está a chegar, ainda ninguém sabe ao certo a totalidade da abrangência das políticas que vão surgir, mas note-se,  por exemplo, que a Greve da CP começou na era Sócrates e vai terminar na era Passos/Portas. Ou seja, faz sentido? Ou será que a Greve se tornou um instrumento de manipulação de meia-dúzia de dinossauros que nada mais sabem fazer na vida, como os grandes dirigentes sindicais?
É verdade que tanto Estado como Patrões, também têm abusado no que exigem às pessoas sem, quase nunca, retornarem o devido. Mas por isso digo, há que encontrar o equilíbrio. Fazer uma Greve só por fazer, não me parece que seja um direito, é quase um dever para sustentar esses dinossauros. Na verdade, experimentem ir a um sindicato e queixarem-se do vosso patrão, mesmo que não tenham razões para isso. Verão o que vai dar, nada!
Todos agora, ou pelo menos a maioria, estão à espera do milagre das rosas, que como o Governo mudou que tudo vai mudar em menos de um mês. Desenganem-se, é que nem em menos de um ano. Há muito trabalho para fazer, há que saber pedir responsabilidades a quem decide, mas para se o fazer há que dar algo em troca. Eu sei que damos sempre muito em troca, mas não é verdade também que sempre somos a Lei do Menor Esforço, e que apenas queremos que as horas de trabalho passem para irmos para casa ou outro lugar qualquer? Que estamos sempre desertinhos de ter uma ponte para poder ir para a terra ou para outro local de férias? Que, se possivel, o médico nos dê uma justificaçãozita para não irmos nesse dia trabalhar, porque acordámos cansados da noite anterior?
Sejamos realistas, o que está em causa, se compararmos ao futebol, agora não é se o Benfica ou o Porto ou o Sporting vão ganhar ou ganharam o Campeonato. Agora, estamos como que num Campeonato do Mundo e temos de puxar pela Selecção, e se pudermos entrar em jogo e marcar golos.
Como é que Portugal, em 2004, se uniou todo em torno de uma Selecção de Futebol, pondo bandeiras nas janelas, independentemente se eram adeptos do Benfica, Sporting, Porto ou até do Moimenta F.C., e agora não somos capazes de nos unir em torno de uma Nação, com um só propósito: deixar às gerações vindouras um património, não apenas financeiro, mas sobretudo um Património de Honra. Se pudessem voltar ao Mundo daqui por 500 anos, não gostariam de saber que ficaram na História como a Geração de Ouro do nosso País? Independentemente se gostamos do Passos e do Portas ou não? Se gostamos do Cavaco ou não? Só como uma equipa, conseguiremos ir longe, e termos sim a legitimidade para pedir responsabilidades e mais.
Não concordei com o Presidente quando afirmou que quem se abstém não tem depois legitimidade para criticar, porque a abstenção é um direito que assiste a todos nós, da mesma forma que um deputado se pode abster numa votação parlamentar, sem perder a legitimidade de exercer funções. Mas perdemos a legitimidade de exigir o que nos é devido por direito como Portugueses, se nada fizermos por Portugal. Da mesma forma que só se pode exigir legitimidade por Moimenta quem fez e faz alguma coisa por ela, e nos últimos tempos, muitos o têm feito.
É chegada a hora de olharmos o Mundo como ele é, em equilíbrio. O PS perdeu as eleições, então tem a obrigação de agora ajudar também a pormos o "barco em movimento", até para quiçá daqui a 4 anos ganharem de novo e terem o trabalho facilitado?!
Deixemo-nos de guerrinhas parvas, de fanatismos e de extremismos. Quando se critique que seja construtivo. Óbvio que agora alguns estão a afirmar "Oh Palhaço, e tu que tanto falaste sobre a praia de Mangualde?!". É verdade, mas por outro lado, possivelmente até a divulguei mais que vocês que a defendem, mesmo a criticando e brincando com a ideia. Eu não sou contra propriamente a praia, sou a favor do aproveitamento natural de uma das mais belas regiões do País. Eu não sou contra João Azevedo, eu sou contra barbaridades que ele disse e diz, e de não olhar para a população do seu Concelho como um só. "Se és bom Mangualdense tens de votar PS", ou algo assim. Quer dizer que a maioria não o são?! Foi por frases assim que o Soares Marques foi embora.
Separemos o trigo do joio, saibamos encontrar um equilíbrio, estarmos atentos e denunciar o que achamos mal, mas também dando soluções, também trabalhando em prol de um bem comum.
E já agora, deixemos de merdas com os limites de Moimenta. Toda a gente sabe onde ficam, já nem vale a pena bater no ceguinho. Ao menos poderiam mostrar que no fundo ainda vos resta um pouco de dignidade e de honra.
Alguém que eu tenho de afirmar que a tem, quer alguns gostem ou não, é o Senhor Carlos Henriques. Não o conheço, não sei se teve ou não alguma responsabilidade na matéria ainda, mas uma coisa eu tenho de reconhecer, até este momento foi o único, que eu tenha conhecimento, que mostrou ter alguma dignidade e honra. Pelo menos no blogue de Espinho, que esse sim é uma referência de uma Comunidade, e merece ser indicado como tal como qualquer outra que faça a divulgação da sua terra, como Moimenta também o tem, mas o Senhor Carlos Henriques, a dada altura emendou todas as incorrecções que estavam no blogue. E isto, quer se queira quer não, demonstra algo. Para mim, e já tive oportunidade de lho expressar, é digno de relevância.
Bem-hajam e esperemos que a Odisseia acabe depressa, para deixar eu de ser o espinho no sapato de Espinho! Vão pra dentro e façam o favor de ser felizes.

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