quinta-feira, 2 de junho de 2011

O contra-peso

Hoje é dia de vir aqui, agradecer publicamente ao senhor José Azevedo. É verdade! Pasmem-se, se quiserem, mas é algo que acho que devo e tenho de fazer.
Como sempre disse falo em meu nome, não em nome do Povo de Moimenta, mas penso que alguns poderão até concordar comigo e, talvez, também lhe agradecer.
E venho agradecer o quê? Simples, muito simples! O facto se ter vindo a servir de contra-peso. Eu explico, todos sabem como tenho uma mente alucinada e confusa, por isso, calculo que até aqui tem sido complicado acompanhar alguém tão desequilibrado.
Moimenta, apesar de todo o trabalho desenvolvido pela equipa que dirige a Junta de Freguesia, pelo que conheço estava um pouco "desagregada", ou seja, havia algumas pessoas em Moimenta, que apesar de terem orgulho no que a sua aldeia se tornou ao longo dos anos, desagregaram-se um pouco das suas raízes. Especialmente gente mais nova que normalmente não se identifica, ou não quer identificar, como tendo raízes numa pequena aldeia de interior. Se aqui há uns tempos se perguntasse a muitos desses jovens diriam que eram de Mangualde, e até grande parte deles diriam a alguém de fora que eram de Viseu. Hoje, em pleno Facebook clamam o seu orgulho por Moimenta de Maceira Dão, e intitulam-se Moimentenses com orgulho. Tudo isto das divisões administrativas foi mais que falado, debatido, explanado. Ao longo de anos a "batalha" se tem travado. Alguns se perguntaram "porque não fomos informados antes?". A resposta a essa pergunta, não sei se a tenho, mas quanto a mim, na minha modesta opinião é: "Alguma vez se interessaram antes?".
E neste aspecto, o senhor José Azevedo teve grande parte do mérito. É verdade que houve sempre grandes Moimentenses que têm lutado ao longo de anos pela verdade, pela divulgação das suas raízes. Esses são o elevador, mas um elevador funciona sempre melhor com o contra-peso, aquela barra estúpida que teima sempre em andar em sentido contrário ao mesmo, num esforço para tornar o esforço do motor do elevador menor. Esse mérito é acima de tudo desse senhor, seguido pelos seus correligionários, ou vice-versa nunca foi claro.
Aquilo que ao princípio, alguns responsáveis de Espinho chamavam de meia-dúzia de rebeldes, depressa se tornou num exército de centenas de pessoas. Rapidamente ultrapassou fronteiras. Basta ver no Facebook a quantidade de Moimentenses de várias localidades e países que se juntaram aos que residem em Moimenta. Obviamente quando falo em Exército, não estou a falar em gente armada que vai fazer uma guerra de balas, entre mortos e feridos. Nada disso, pelo contrário. Também é sabido que entre gentes de Moimenta, como em qualquer Exército que se preze há os seus traidores, assim como os há do "outro lado" (on the dark side of the force!). Mas o Zé, teve até o mérito de entre os seus residentes levantar vozes contra o que se passa. Ele e outros, sempre tentaram levar isto para o plano de uma guerra entre populações vizinhas, usando os seus fregueses (nome dado aos habitantes das freguesias) para os seus truques mirabolantes. Esqueceu-se, ele e os seus, de algo que nunca nenhum líder se pode esquecer: que as pessoas não são parvas, e sabem distinguir as coisas. Agora, ele e os outros, acobardam-se, tentam que as águas acalmem, esconderem-se entre artimanhas e algumas ameaças que de tão estúpidas chegam a roçar o ridículo e o humor.
A "guerra" dura há muito, para os que não saibam e os que se dizem desinformados talvez seja por nunca terem querido saber, mas a verdade é que agora o que eram apenas um punhado de resistentes, tornou-se num exército de centenas com fileiras cerradas, apenas cercando um inimigo que definha por falta de armas e provisões. Ele sabe-se derrotado, os seus generais sabem-se derrotados, mas preferem definhar a sair de cabeça erguida. Poderiam fazê-lo, mas pelos vistos preferem a humilhação de sair de rastos. Nunca, que fique bem esclarecido, isto foi, é ou será uma guerra entre populações. Apenas uma guerra pela verdade que, tal como o Zé à frente de Espinho, tem os dias contados. Porque a verdade, por mais que demore, acaba por vencer. E nisto, o Zé teve o mérito de servir de contra-peso para tudo isto.
Bem-hajam, e obrigado uma vez mais... Oh Zé!

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